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As Referees argentinas que fizeram história na Polônia e Suécia 2023

Em 13 de janeiro de 2023, a Dinamarca e a Bélgica enfrentaram-se na estréia de sua participação no Mundial IHF da Polônia e Suécia e os fanáticos de ambas as esquadras se fizeram sentir na Malmö Arena da Suécia. 12 mil pessoas cantavam e encorajavam seus jogadores enquanto Maria Inés Paolantoni e Mariana García, juízas do encontro, se preparavam para anunciar seu primeiro jogo em um mundial adulto masculino.

“Lembro-me de fazer a entrada para arbitrar e estar no meio escutando os hinos, tendo um montão de jogadores ao lado e me punha a pele de galinha!” Diz Mariana, entre risadas.

E não é menor. O casal arbitral da Argentina assumiu um novo desafio em sua carreira: fazer parte da arbitragem de um Mundial Adulto Masculino, algo que nenhum outro casal feminino do continente tinha conseguido até então.

Créditos: IHF

Em novembro de 2022, Paolantoni e García receberam a notícia de que seriam parte do Mundial da Polônia-Suécia 2023 através de uma carta enviada pela IHF e não podiam mais de felicidade. “Sentíamos que era um prêmio por todo o esforço e trabalho que vínhamos fazendo há vários anos”, conta Mariana, que assegura que esta nomeação não foi uma surpresa, mas sim uma confirmação. O casal feminino da Argentina sabia que havia a possibilidade de ser nomeado para o evento, pois eles estavam demonstrando um bom desempenho nas últimas citações máximas de que fizeram parte, destacando sua participação no Mundial Junior Feminino da Eslovênia 2022, onde apitaram a final do torneio entre a Noruega e a Hungria.

Assim, o casal argentino que leva mais de 5 anos de trabalho esteve se preparando física e mentalmente desde sua chegada à Argentina, em julho de 2022, caso fossem convocadas à reunião mundialista. E assim o foi. Com quatro designações no torneio -Dinamarca vs Bélgica, Croácia vs Estados Unidos, Chile vs Uruguai e Macedónia do Norte vs Tunísia-, as Referees argentinas fizeram sua estréia e demonstraram estar à altura do evento, Desenvolvendo-se bem no campo e obtendo bons comentários dos oficiais IHF.

Para elas esta experiência é “inesquecível e de muito aprendizado” e sem dúvida que faz parte da história da arbitragem não só em sua carreira, mas na de Coscabal. Com esta nomeação, o casal transformou-se no primeiro casal feminino não europeu a estar presente num Mundial Adulto Masculino, fazendo parte, além disso, dos únicos três casais arbitrais femininos da Polónia e da Suécia 2023, ao lado dos casais franceses, Charlotte e Julie Bonaventura, e as alemãs, Maike Merz e Tanja Kuttler.

Créditos: IHF

Este fato as emociona até hoje e as tem orgulhosas, já que se converteram em referências da arbitragem na região Sul e América Central. Mas as argentinas não querem ser as únicas. “Embora saibamos que somos as primeiras mulheres a participar em competições de renome, não queremos ser as últimas. Queremos que haja mais mulheres que possam ter este êxito e que possam avançar na carreira arbitral, e para isso é muito importante que na arbitragem feminina se continue a desenvolver em todos os países da Coscabal”.

Desta forma, as arbitras argentinas somam mais um Mundial a sua lista e, por enquanto, Mariana e María Inés continuam trabalhando para dar o melhor de si nas futuras competições de Coscabal, da Federação Argentina e da Federação Local.

 

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