O último dia do Torneio Sul e Centro Americano de Handebol Recife 2022 foi marcado por partidas com um intenso nível de jogo e alta qualidade técnica.
Paraguai – Costa Rica
Este jogo já era conhecido. Ambas as esquadras haviam-se enfrentado previamente na fase de grupos, onde o Paraguai havia vencido a Costa Rica por 31-24, , pelo que este encontro era uma revanche para os ticos.
No início, o jogo que definiu o 5° e 6° lugar do torneio mostrou-se bastante igual. O placar estava igual a igual, e o nível de jogo de ambos era similar. No entanto, à medida que o relógio avançava, os guaranis começaram a aumentar a intensidade do jogo e começaram a afastar-se no marcador.
Lentamente, os centro-americanos conseguiram alcançar o ritmo do Paraguai, fato que custou uma forte lesão a Sebastián Brenes, jogador da Costa Rica, que teve que ser transferido de urgência para um centro médico.
Durante todo o jogo, Costa Rica esteve muito perto de ganhar do Paraguai, mas os albivermelhos nunca baixaram os braços e ficaram com o 5° lugar do certame.
“Conseguimos alcançar o objetivo do 5° lugar, mas com estes meses de trabalho acho que poderíamos merecer um pouco mais. De qualquer forma, estamos felizes com este torneio” – Ever Salinas, capitão e figura do Paraguai.
Finalmente, ambas as esquadras fizeram um grande jogo e mostraram que estão crescendo rapidamente no handebol.
Chile – Uruguai
Este jogo por 3° e 4° lugar acendeu os ânimos para a última jornada de Recife, já que Chile e Uruguai se enfrentaram em um jogo de grande qualidade e intensidade.
Durante todo o jogo, o Chile impôs-se ante o quadro celeste. Apesar do fato de que a Vermelha não pôde chegar à final, queria ficar no topo da tabela e conseguir subir ao pódio.
O mesmo pensava o Uruguai, mas foi-lhe difícil aproximar-se dos chilenos no marcador. Da mesma forma, os charrúas demonstraram todo seu jogo e qualidade técnica e conseguiram ficar a apenas 4 tantos em um momento do jogo.
“Uruguai é uma equipe que está trabalhando muito bem, foram ao Mundial passado e classificaram o que vem também, pelo que este crescimento é bom para toda a América do Sul” – Esteban Salinas, pivot da seleção chilena.
Finalmente, o jogo terminou 29-21 em favor dos chilenos, onde suas figuras, Rodrigo Salinas e Emil Feuchtmann, foram chaves para ampliar a conta.
Argentina – Brasil
Os dois maiores da América foram encarregados de entregar ao público do Geraldao, e a toda a região, um espetáculo digno de final. Como esperado, eles cumpriram.
A final entre Argentina e Brasil foi quase como um dèjá vu. Na edição passada de Maringá 2020, ambas as seleções enfrentaram-se em uma partida de infarto que foi decidida nos últimos segundos e deixou a Argentina como campeão do torneio depois de ganhar 25-24.
Este encontro era a revanche para a equipe local e na quadra se notava que queriam tirar o título aos albicelestes. Defesas fortes, ataques rápidos, progressões eficazes, faltas de 2 minutos e as notáveis atuações dos goleiros, Leonel Maciel e Rangel Da Rosa, marcaram o encontro entre estes dois grandes.
Ao finalizar o primeiro tempo, o marcador estava 10-10, o que demonstrava a intensidade das equipes e, além disso, o parejo nível que mantinham. Chegou o segundo tempo, o panorama parecia não mudar muito e cada gol se gritava com mais alento.
No entanto, durante os últimos 5 minutos do jogo, o quadro dirigido por Tatá Oliveira foi muito superior e começou a tomar distância no placar.
“Jogar na Argentina é sempre muito complicado. Chegamos de perder em dois finais contra eles, mas temos trabalhado muito para poder ganhar em casa, em Recife”. – Rogerio Moraes, jogador chave do Brasil.
“Jogamos bem todo o torneio, mas hoje nos faltou um pouco de lucidez nos momentos críticos do partido. Espero que estes erros sirvam para continuar melhorando” – Diego Simonet, histórico argentino.
Desta forma, os locais ficaram com o título em casa depois de ganhar 20-17 e se tornaram os melhores da América. Infelizmente, o novo técnico argentino, Guilherme Milano, não pôde revalidar o título e teve que baixar a cabeça em seu primeiro grande desafio.
De qualquer forma, ambas as seleções realizaram um torneio impecável e chegaram invictos à final, instância na qual algum teria que ter sua primeira derrota no Recife 2022.
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